ATM – Atelier de Tempos Mortos

2017
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Um lugar, quatro vidas, uma história com, irremediavelmente, um final. É o mote desta criação que retrata o quotidiano de quatro “jovens” na terceira idade num verdadeiro turbilhão de emoções. Comovente, tão depressa trágica como cómica e, as mais das vezes, ambas em simultâneo, “Atelier de Tempos Mortos” estimula à reflexão sobre a sociedade actual e a forma como encaramos e lidamos com o abandono e os “velhos” que todos somos ou seremos. Uma caricatura feita com humor negro e muita ironia, dramas risíveis de uma existência e de um lugar, apesar de tudo, de esperança, onde se trocam pedaços de mundo num espelho onde nos podemos reconhecer nas nossas atitudes.

E agora o tempo: Céu muito enrugado com previsão de aguaceiros a partir do final da tarde. Aumento acentuado de manchas de melanina em todas as extremidades. Incontinência nas terras baixas. Vento forte, com esquecimento moderado a partir da região frontal. Neblina ou nevoeiro ocular com possibilidade d persistência. Ligeira depressão no interior com deformação de geada. Nas costas: ondulação acentuada. Quanto ao trânsito, acidente ao km 90, originando trafego lento nas vias de acesso às principais artroses sem possibilidade de desvio.

Créditos

Ano de Criação: 2016
Data de Estreia: 10 de Março de 2016
Local de Estreia: Lisboa – Chapitô
Classificação Etária: Maiores de 12 Anos
Duração:

Direcção: Cláudia Nóvoa e José Carlos Garcia
Interpretação: Jorge Cruz, Ramon de Los Santos, Susana Nunes e Tiago Viegas
Direcção de Produção: Tânia Melo Rodrigues
Sonoplastia/Composição: Sílvio Rosado
Música inicial: “Wet Blanket” escrita e executada por METZ, cortesia de Sub Pop Records
Figurinos: Rita Olivença
Construção do Cenário: João Calixto
Design Gráfico: Sílvio Rosado
Desenho de luz: Paulo Santos
Operação de luz no Chapitô: Ema Brito e Catarina Chasqueira
Audiovisuais: Nádia Santos e Simão Anahory Cristina Carvalho
Estagiário | EPTOLIVA – FCT: Leandro Araújo
Agradecimentos: A toda a equipa do Chapitô, EPTOLIVA – FCT, Júlio Maduro, Xavier Maduro, Hugo Freitas

Críticas

  • “ (…) um festival de diabruras, “maldades”, distúrbios e malícias, numa paródia das convenções sociais, excelentemente coreografado e vibrantemente representado. Fiel ao seu paradigma performativo no sentido em que cada palavra ou frase se constitui como gesto, acção e interação, a Companhia do Chapitô apresenta-nos esta nova criação colectiva de grande coerência estilística, habilidade técnica e rigor de desempenho. De realçar a utilização mínima de meios para o máximo efeito performativo, revelando um saber múltiplo a permitir entrecruzar tempo, espaço cénico, corpo, texto e criar um tecido compartilhado como espectador que o reconhece e valida..."

    HELENA SIMÕES
    in Jornal de Letras
  • “Um carrossel em movimentos circulares de episódios das vidas contemporâneas. No humor corporal, a inteligência da verdade dolorosa de todos nós. Gargalhadas que rapidamente se fundem em lágrimas de remorsos, de olharmos como espectadores o reflexo das nossas próprias dores.”

    CARLA SANCHO
    in Comunidade Cultura e Arte
  • “Um espetáculo que vale a pena descobrir em que os atores são os protagonistas e que quatro brilhantes e ofuscantes estrelas que usando um cenário simples, usam com mérito as suas expressões, palavras e atitudes, para fazer com que o espetador seja transportado para o interior das varias situações na mesma velocidade com que a peça se desenrola.”

    RUI GUERREIRO
    in Rua de Baixo