Esta nova criação colectiva da Companhia do Chapitô, a 38ª do seu repertório, continua a
explorar o estilo de comédia visual e física que convida à imaginação do público.
Transformar a tragédia em comédia, valorizando-a pelo seu poder de questionar todos os
aspectos da realidade física e social, tem sido uma das premissas desta Companhia.
Eis a narrativa: após a morte de Édipo, a regência de Tebas foi dividida entre os seus dois
filhos, Etéocles e Polinices, que acordaram alternar o poder por períodos iguais. No final do
primeiro período, Polinices vem tomar o seu lugar e é impedido por Etéocles. Junta-se ao rei
de Argos iniciando uma guerra com o seu irmão, da qual resulta a morte de ambos.
Creonte, tio dos dois irmãos, sobe ao poder e decreta que Etéocles deverá ser sepultado com
todas as honras religiosas, e a Polinices, encarado como traidor, é-lhe negado o direito à
sepultura.
Inconformada com esta situação a sua irmã Antígona, contrariando o decreto de Creonte,
inicia os rituais fúnebres a Polinices, sendo apanhada pelo mesmo e condenada a ser
emparedada viva.
Nesta tragédia de Sófocles, o desenlace é assim mesmo, trágico. Morrem quase todos os
intervenientes diretos desta história, com exceção de Creonte, que fica até ao final da sua vida
a expiar os seus erros.
Ficha Artística e Técnica:
Criação Colectiva da Companhia do Chapitô
Encenação – José C. Garcia e Cláudia Nóvoa
Interpretação – Pedro Diogo, Susana Nunes e Tiago Viegas
Direcção de Produção – Tânia Melo Rodrigues
Ambiente Sonoro – A Cadeira d’Avó
Figurinos – Glória Mendes
Desenho de Luz – José C. Garcia e Bruno Boaro
Cartaz – Sílvio Rosado